terça-feira, 21 de dezembro de 2010

REGRESSO DO MEU AMOR (PRÓPRIO)


 
    Depois de tanto tempo eu te encontro... quanta falta você me fez! Foram dias de espera, dias que sofri... calado. Se eu me lembrar de tudo o que passei, das depressões que tive, dos olhos indomáveis, abertos, fitando a penumbra do meu quarto... Pensando porque tu tinhas me abandonado...
    Quanta dor, atingi o ápice do desprazer, me resignei de forma qual, não vi mais meus dias, nem amigos, nem mesmo sabor no alimento de minha alma. Eu pedia você, eu queria você, eu só buscava você... Eu arrastei cada segundo do relógio de MEU tempo, e a cada vez que o ponteiro das horas dizia: "Mais um, mais um...", o ponteiro da vida gritava: "Menos um, menos um...".
    Agora que estás de volta, te peço que nunca mais se afaste de mim... e se fores que seja apenas para que eu possa crescer mais com tua volta, se ousares me abandonar novamente... Bem... eu sei que irás voltar em algum momento!
    Queria que tu foste materializada! Queria te abraçar, sentar contigo, te beijar, te envolver em mim... Mas mesmo assim fica, fica sem querer, te quero... e preciso de você comigo, não vivo (e se vivo... morro!) sem ti, FELICIDADE...
    ...Me amas, me queira, e me sorva... ao regresso de mim.

(RONALDO ARAGÃO) - 16/11/2010

sábado, 18 de dezembro de 2010

O Segredo do Meu Coração






A chave da minha casa não abre a porta da sua casa... e não adianta forçar a fechadura. Apenas irá quebrar a sua chave, e você ficará possivelmente impedida de voltar e entrar na casa que lhe pertence.
Meu coração tem um segredo, com chave, fechadura e tudo que conduz à entrada de mim... no entanto trancaram a minha porta e me deixaram “preso do lado de fora”... Mas quem haveria de ter a chave que me pertence?! Ah, você então nunca jogou fora a cópia??? Não?! Ainda bem, porque, tenho que lhe dizer... não existe uma cópia! A chave é única, e ela abre a porta do meu coração e por sinal tu a usavas consigo, pois também era a chave que desvendava os teus “segredos”!
Uma única chave, dois corações... O MESMO SEGREDO!
E você onde colocou a chave?... Quero entrar dentro do meu coração, de mim mesmo...
Terei eu de bater em tua porta? Irás abrir? Deixarás eu entrar?
Olha, não quero forçar o meu coração, se estás com a chave pode ficar, irei voltar ao meu recanto e dormir do lado de fora mesmo...
E se mudares de idéia e resolveres partilhar a chave, terei prazer em convidar-lhe para entrar em meu coração mais uma vez. Entre, sente-se, sinta-se em casa...
Só não repare na bagunça!

(RONALDO ARAGÃO)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

*POESIA MINHA*

* Meus caros amigos, escrevi essa poesia/soneto há mais de sete anos atrás, eu era apenas um menino... porém espero compartilhar com vocês a primicia de um momento poético que me fiz valer em palavras!

   

Ausência

E de amar, daquela boca veio o pranto,
Por mais sofrer, na vida toda me causasse
Ah se não vivesse, antes não amasse
Este último e vago sentimento de espanto

Então chorei à minha mágoa despertada,
Que outrora repousou num ser doente
Sem medo da paixão, amor demente...
Que o sol afugentou na madrugada

Mas sonho na torpeza de um desejo
E em meio a tantas ilusões ainda te vejo,
Distante e além da vaga essência;

E se um dia me alegrar do sofrimento,
Quero lembrar numa súplica ao esquecimento
As saudades que me traz a tua ausência.

(RONALDO ARAGÃO) - Em: 05/06/2002.

Minha ira, meu devaneio!


    
     
     Tenho tanta coisa pra falar, quero gritar... quero olhar teus olhos, e dizer da ira que há em mim. Todo esse tempo queria que fosse só impressão minha, mas não, é uma raiva real, vontade de socar o ar... o vazio de mim, que há em meu eu tão cheio de mim mesmo!!!
    Agora quero estancar meu coração pulsante... quero o bálsamo deste sentimento feio, horrível... imaturo... que tenho por você. Nunca mais olhe pra mim, nem fotos, nem pensamentos, sejas tu a incompletude do que fui um dia pra nós dois.
    E sabe... eu quero amar novamente! Isso..., quero sofrer mais, chorar mais, me doar mais, sentir tudo de novo... E dizer pra ti, que não preciso de sua companhia pra ter tudo isso pra mim. Pois só me basta agora a saga solitária do pouco que sou. E pra ti, bem... apenas minha lástima de não querer dizer-lhe: IDIOTA!

(RONALDO ARAGÃO) - 29/11/2010

Infortúnio d'uma Busca!


    Tô precisando mesmo de ser cuidado, porque por trás de tudo quanto sou, quanto quero, quanto vivo... sou este ser frágil, débil, e munido de sensibilidades... Sou fraco! E sozinho, minha fraqueza multiplica-se... não quero dividí-la, apenas subtrair de minha vida, pra sempre, pra agora... pra mim.

    E quando tudo em mim exitar ser desejo, fogo, paixão ou ego... é quando o nada que se perdeu no vil alento de meus sonhos, busca a compreensão d'um carinho mais que palpável. Estou mesmo precisando... e além de mim, preciso de amor!

(RONALDO ARAGÃO) - 30/11/2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Estagnação de um Silêncio


Uma vez eu tive tanto medo... lembra, no começo?!
E eu fui te encontrar só pra falar dos meus traumas, de minhas paranóias...
Aí eu fui revirando meus planos todos, um por um, pelo avesso,
... e fui confinando o que eu chamava de "valores meus".
E aquela imagem estranha, se desvanecendo, se ocultando... muito difícil de se enxergar!
Remoendo minha memória, castigando minha lembrança...
Quem poderia apostar na voz muda dessa paixão simples?
Nunca irei, nem posso, nem quero camuflar...
Todos os segredos que eu deixei expostos, por nenhum direito.
Palavras não ditas... Complicadas situações...
Nunca irei, nem posso, nem quero camuflar...
Todos os segredos que eu deixei expostos... Não sobraram. Nada!
Quando eu tento dormir, e nem chega o cansaço sequer...
É complicado, difícil enfrentar tudo sozinho.
Faz quanto tempo que eu perdi aquele seu amor?
Quanto tempo que eu  perdi?
Aquele seu amor?
O amor?
Amor?
... Uma vez eu tive tanto medo... lembra, no começo?

(RONALDO ARAGÃO) Em: 28/10/2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A Essência de meu Ontem (MÃE - SAUDADE GRITANTE!)...

    
   
   Ontem senti tanto tua falta, percorri meu antigo bairro vagarosamente, como quem espera um trem perdido... E meu caminho desta vez se dividiu em duas trilhas. Ontem saí tentando enxergar você de volta na minha vida... porque tanta coisa mudou PRA MIM, e agora ainda mais... tanta coisa mudou também EM MIM...
   E como eu queria te ter ao meu lado nesse momento de minha vida. Porque só você me entendia, por mais arredio que eu fosse... Ontem me veio um grito preso, engasgado na minha garganta, impedindo-me até de respirar... Ontem eu senti mais do que nunca que estou sozinho (fisicamente), tua ausência a todo instante me maltrata, porém ontem foi tão amargo quanto as lágrimas que chorei no dia em que te fostes...
   Sabe, meus instantes são tão enormes, como se um lapso de segundos fossem a perdição de um infinito! Não tenho um abraço, sinto falta de você, e por mais que as pessoas que me rodeiam me vejam sorrir... eu carrego comido a solidão de um dia de Domingo. Olhei ontem aquela janela, os quartos... tudo tão fiel ao que foi no passado. As ruas, o mercado, as árvores, o banco da praça, a tua igreja (onde ontem entrei pra te ver em minha memória), sentei naquele banco e imaginei você sorrindo ao me ver. Eu te perdi! Não porque fui o culpado, mas porque te fostes assim, querendo ficar... Fostes sem vontade, eu sei... Ontem chorei... Só Deus sabe o quanto meu coração doeu. Estou sozinho, me vejo cercado, eu Homem-Ilha, sem ti, em solidão!
   Ontem... olhei meu mundo com olhos de criança, sentindo a carência do teu abraço e de teus afagos, ontem procurei meus brinquedos, meus doces, meus poucos anos de vida. Ontem eu quis sentir teu perfume adocicado em meu rosto... Ontem eu quis sentir teus toques, tua voz... teu sorriso, ontem eu quis sorrir contigo... E quem sorrir por último... Desta vez chorou!
Mãe, ontem, apenas ontem...
...Hoje eu vou sofrer!

(RONALDO ARAGÃO)

Quem Condizirá Meu Mar?...

Blog de ronaldoaragao :Ronaldo Aragão - Palavras..., Quem Conduzirá Meu Mar?...   
     O meu coração vai seguindo que nem barco à deriva... Naufragando sonhos, atracado em pensamentos!
    
      Vai se perdendo na agitação das correntezas de tua ausência... que hora me solta, hora me prende. E eu imerso em desalento...
    
     Nesse barco sem vela, sem leme, vai meu eu, sem teu, tão seu... tão nosso, sem nós! E as pegadas que ficaram lá na praia da vida, são amores que tanto amei... as pegadas nunca se apagam, por mais que as ondas tentem... não apagarão nunca!
   
     ... E o coração que segue, marujo solitário, nauta... estrangeiro no próprio mar, tão perdido nessa pequenina imensidão que há ao entorno de mim! E vai... e segue, cego...

(RONALDO ARAGÃO) - Em: 27/10/2010

O Magnífico Circo das Dores!

     Brincar e sorrir, pintar o rosto e repartir minha felicidade... até o momento em que as luzes se apagam e me restam apenas meu eu, desfigurado e pálido...
 
     Ah palhaço, quantas vidas tens de viver aos aplausos de imensas platéias, vai em teu espelho opaco e te despes da vaidade dos palcos e encontras teu traje de tristeza... Não chores meu caro, tua dor é como a minha... nossas dores se combinam! Nossos sonhos se consomem, nossas luzes de desvanecem...
     Mas brincas com tua dor, e tens coragem de zombar de teus segredos, tendo por vã tua fantasia aconchegante que em horas saudosas fazes emoldurar teu semblante amargo, em doce ternura passageira como horas que se medem por imensidões de minutos...
     A tinta borra cada lágrima que desce, o sorriso escancara a face que outrora chorou... Brincas palhaço, faz de conta que o conto do "Era um vez..." não foram as tantas vezes o canto de teu quarto solitário, que paginastes a história de tua vida, papel de esboço, página rasgada, líteras não lidas...
     Agora frente ao teu, e tão meu... tal rosto, me vejo e te vês em mim... Loucos, insanos palhaços, gargalhemos nós na imensidão deste espelho... Tão palhaços somo nós, eu e você... que diante de mim apenas sou, palhaço fingido, risonho e solitário... somos dois e apenas um, meu eu em tuas cores transfiguradas em meu singelo picadeiro... onde a platéia nos aguarda pra chorar, de tanto rir.
     ...Até o momento em que nós também iremos chorar pois eis que ao findar desta hora, apagaram-se as luzes!

(RONALDO ARAGÃO)

Desenhando-me...

      
     Se eu desenhar teu rosto, irei amar-te. Cada curva que te faço, que te cubro, que te marco. Eu pinto cores na vastidão de um pedacinho de papel!
     Já disse tantas vezes que irei te esquecer. Mas não consigo, ou não quero, tanto faz... você está presente nas foscas gravuras desta minha solidão.
     E eu aqui divagando as fotos, as cartas, bilhetes, recadinhos rabiscados... com teu nome. Ah, teu nome... tua voz me embala a cada noite de frio em meu quarto.
     Eu guardo tuas fotos (sabia que não as tirei de minha estante?!)... porque não fostes rascunho em minha vida...  E eu desenho dores como quem ainda sonha rasgar tua mágoa.
     Fostes meu amor tão mais amado, meu desenho de curvas lindas, de linhas fortes... e hoje me divido nos traços tênues entre sorrisos momentâneos e pranto adormecido.
     Não é qualquer dor, é a minha dor, dor doída, que eu sinto sozinho, que eu pinto em furta-cor, que eu margeio às bordas... de pincéis tão desbotados!
     Sei que irás ler estas palavras, e quero pedir-te um favor... desenha um coração, rabisca-o e depois mancha o papel e mostra-me. Quero ver de ti que o amor se foi, e com ele meu universo colorido...
     Enquanto vou tentando reinventar a curva de meus lábios, enquanto saliento as maçãs de meu rosto em rubras cores... vou descrevendo minhas letras, escrevendo minha imagem.
     E sabias tu, (tão óbvio que não sabes, nem sequer pensas em mim...), que derramo lágrimas nessa momento? Cada gota que rola à face, desbota os versos do papel...
     ... Um poema perdido, e um desenho inacabado. Eu pinto minhas dores como quem quer suscitar este papel de esboço. E desenho-me, ao acaso do que sou... eu pinto rios, lagos e mares... o meu desenho que se faz em auto-retrato, um oceano... (de lágrimas em mim!).

(RONALDO ARAGÃO) 29/10/2010

Voluptuosamente você!


* Aos que perguntaram sobre a foto acima... Sou eu sim, tentei ser modelo por uma foto, rsrsrs!

    Sabe... quero tanto ser amado. Mas não apenas de carinhos, de afagos, não... hoje não! Quero despir-me, deitar-me ao teu lado, quero passar toda uma noite no lapso inquietante de cada acariciar. Eu quero deixar-meenvolver pelos teus braços e ser menino inocente tão cheio de malícias e desejos... como quem nunca viveu à flor da pele, quero juntos, ego, corpo e alma!

    Se num obstante, ao frenesi das carnes que se resvalam, minha estagnação for ainda mais acalentada, deixe-me sentir apenas tua presença se evaporando em gotas de suor, deixe-me ir além de teus olhos, porque quero enxergar toda volúpia que há no mais secreto de ti... Silencie a voz, eu quero a perplexidade desse silêncio como grito meu, como ânsia de possuir-te.

    Quero que me encontres... me deixe perdido em teu corpo, me corrompa a sanidade e destrua as matizes de meu mundo preto e branco. Apaga a luz, acende minha luz, esquenta-me... deixa queimar, e não me socorra! Vem sem pedir, sem permissão, eu sou como os que não se educam, nem moral, nem imoral: AMORAL! Inebriados pois... voluptuosa sensação de cálidos gostos que se formam.

    Pode escancarar meu pudor, não quero amor, hoje não... Eis que de amor já somos feitos. Quero apenas amar, quero penetrar teu ser mais que meramente pele... Na sincronia de dois corpos túmidos, cálidos num prazer inconsciente. Me livra de mim mesmo, estou tão só... sucumbido em minha incapacidade de amar sozinho. Hoje eu queromais. Hoje somos um... tem que ser a dois!

(RONALDO ARAGÃO) 28/10/2010