sábado, 2 de fevereiro de 2013

Às Duas Margens...



Sentei às margens do Capibaribe... ao som do vento e da brisa, e amadurecido em pensamentos guardados, reinventei meus sonhos e decepcionei meus medos...
Às margens de minha vida, retratei cada gota que escorreu nos meus olhos... o pranto estagnado vai dando lugar ao sorriso tímido que se ergue.
Ali, sozinho... e agora aqui deste outro lado ainda sozinho... escrevo! Como há tanto não fazia mais... Agora sentado às margens do rio, vejo meu Recife reluzir tons claros, ofuscando este rabisco meu, que irá servir de esboço para meu verso passado a limpo...
E eu reviro letras, escondo erros, apago versos, reescrevo-me... resignifico-me, incontenho-me, encontro-me... E rasgo tudo mais uma vez no prazer do novo que se faz agora. Às mergens do meu rio... eu sentei, e não chorei!

(RONALDO ARAGÃO) - 09/11/2010

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